840 LAPTOPS INFANTIS
Estão sendo testados em escolas municipais e estaduais do país. Se der certo, o governo pretende licitar 150 mil máquinas neste ano Isso não é apenas "legal, muito legal". É uma iniciativa capaz de mudar de forma radical a educação das crianças brasileiras. Pesquisas
mostram que, com um computador próprio, elas passam a ter mais autonomia para aprender, mais estímulo para estudar e maior capacidade de administrar o volume extraordinário de informações do mundo de hoje. Praticamente no mundo inteiro, autoridades educacionais estão discutindo a adoção do notebook feito para crianças.
O projeto foi inicialmente pensado para combater a exclusão digital. Por isso, começou a ser testado em países em desenvolvimento (Argentina, Uruguai, Nigéria, Paquistão, Tailândia, Índia e México).
Mas chamou a atenção dos governos do Canadá e dos Estados Unidos. Dezenove Estados americanos vêm pressionando a OLPC para rever sua posição de não vender o produto nos países ricos. Com 2,5 milhões de pedidos, a OLPC decidiu no mês passado iniciar a produção em massa de seu modelo de notebook, o XO. A Intel, que também entrou nesse mercado, afirmou que planeja investir US$ 1 bilhão nos próximos cinco anos.
Esse interesse todo tem um motivo: as primeiras experiências têm dado resultados animadores. O Estado americano de Michigan fez um
levantamento com 22 mil alunos que tiveram acesso a laptops 24 horas por dia. Em um ano, a proporção de estudantes com proficiência em leitura subiu de 29% para 41%.
O porcentual de alunos aprovados em matemática dobrou, de 31% para 63%. Os laptops incentivaram principalmente os alunos mais fracos. A proporção de alunos com notas finais D e E (as mais baixas) caiu de 29% para 2%. As suspensões caíram 5% e as faltas 20%. Em um estudo equivalente, realizado no Estado do Maine, 54% dos estudantes informaram que suas notas melhoraram. Os professores também observaram que a evasão diminuiu.
Outro levantamento, feito no Estado canadense de British Columbia, concluiu que o principal ganho foi na habilidade de escrita dos
alunos, que elevou em 30% a aprovação dos estudantes nas provas municipais. Apesar de eles terem se distraído mais durante as aulas usando programas de mensagens instantâneas e e-mail, mostraram maior interesse nos temas das aulas e dedicaram mais tempo aos estudos.
Revista Época, EDIÇÃO 482, de 13/08/2007
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